quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

TOMORROWLAND

Não tenho nada pra fazer neste momento, resolvi fazer uma crítica. Hoje no facebook estava rolando um post relacionado a uma festa chamada TOMORROWLAND, é um evento de música eletrônica que só no ano passado deu mais de 120 mil pessoas, dizem que tem a melhor estrutura, os melhores DJ's, enfim dizem que a festa é "louca" demais. O fato é que você está disposto a pagar até 135€ para ir a uma festa? No caso, uma festa que não vai te acrescentar em nada, uma festa em que sua segurança corre perigo, onde serão ofertadas drogas e qualquer tipo de bebida existente. Você realmente está disposto a pagar por isso? apenas para dançar?
Sabe, eu posso estar sendo muito crítica, mais não consigo entender porque tais coisas levam as pessoas a loucura, o que tem de tão bom nessa festa que a faz uma festa sobrenatural?
Eu, Ariane Santiago realmente prefiro ir a um mini showzinho de folk, indie, ou até mesmo eletro brega e pagar 7 ou 10 reais, resguardar minha saúde, aumentar meu nível cultural, do que pagar 135€ para ir numa festa como essa. Não estou querendo convenrcer ninguém de que minha opinião é a certa, porém é a mais prudente. Pense nisso.


Ariane Santiago

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conviver com..


Revendo antigas postagens, de quando comecei este blog, percebi que algumas coisas permanecem iguais. Ainda gosto de cerveja no copo americano e acho que de americano, basta-me o copo. Ainda tenho imensa dificuldade em meditar e acho que as coisas divinas não são mesmo para mim. Desisto de tentar achar uma forma de acreditar em algum tipo de deus, realmente esse tipo de coisa continua não fazendo muito sentido na minha cabeça e, pra mim, tudo bem assim. Também continuo amando as mulheres, sobretudo uma.
É, talvez a Mutante não seja assim tão mutante. Até mesmo porque, as coisas mudam e, nem sempre é fácil acostumar-se, ou melhor, conviver com elas. 
Durante um bom tempo idealizei uma coisa e achei que esta coisa, finalmente acontecia na minha vida do jeito que eu tinha sonhado. Mas quando as coisas envolvem pessoas, elas podem tomar um rumo inesperado, com falhas no meio do caminho. E aí preciso aprender a conviver com as falhas e com os acontecimentos que estavam fora dos planos, daquilo que sonhei como coisa perfeita. E isso não é nada fácil. E também acho que o tempo não é tão amigo assim da superação. Sim M., você tem razão. As coisas que são nossas, continuam dentro de nós, independente dos fatores externos e do tempo. Minha ilusão continua aqui, minha tristeza continua também, minha decepção, meu amor, minha luta pra conviver com tudo isso. Tudo isso faz parte de mim. Uma pessoa não pode ser só alegria. Uma pessoa também é feita de tristezas. 
Não pretendo me tornar amarga, minha luta é pra continuar doce. Mas preciso aprender a conviver bem com as coisas todas que fazem parte de mim.


Ariane Santiago

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Casual


- Você quer me comer?
Ela disse, na minha frente, nua e molhada.

Quando me vi suas mãos estavam a desabotoar minha calça.
O que vem depois?
Já nem sei, essa tarde vai ser bem longa.


Ariane Santiago

terça-feira, 28 de junho de 2011

Me dói

Me dói. Me dói muito. E não sei onde. Me dói quando olho pra você, quando te vejo já de longe, de esmalte nas suas unhas encarceradas nos teus dedos tão monstruosamente pequeninos. Me dói saber que só te volto a ver quando já for tarde, e quando a dor se cansar de tanto me cansar. Tenho as mãos suadas e o coração a transpirar de tanto dar voltas e revira-voltas.
Dava tudo para saber estancar o palmo e meio de rasgo que me faz na carne, não para o fazer, mas só para saber como atuar em caso de extrema urgência, que de urgência já eu vivo.
Me dói muito, mas não sei onde. Se agora mesmo entrasse nas portas cansadas de um qualquer hospital, ficaria dia e meio para explicar onde e o que me dói. E ainda assim, dia e meio depois, estaria exatamente no mesmo ponto da conversa. Estaria de frente para uma bata branca, curvada de dores, de soro a violar o meu braço e o sangue, e de coração semi-risonho, como uma criança que faz das suas e olha para o lado para que ninguém a veja. "Juro que me dói senhor doutor, juro-lhe." De que vale explicar uma dor a quem nunca a sentiu?
A dor que me causa passa os limites de cinco países juntos.
Apetece-me beber-te a conta-gotas.
Me dói. Me dói muito. E quando você me disser onde, vai doer muito mais.




Ariane Santiago

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Game Over

Fico sem chão para certas coisas.
Eles se prendem dentro de mim, mas não acho lugar para que eu possa soltá-los e me desprender.
Existe esse lugar?
Onde é o meu lugar?
E amanhã, como será?
Eles ainda vão continuar presos?
Vamos nos machucar mais uma vez?
Só estou querendo as respostas. Aquelas que eu não encontro em lugar algum.
O jogo acabou.
Game Over!




Ariane Santiago

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caraca, descobri um negócio muito maneiro! Que os últimos blogs atualizados ficam, nem que seja por segundos, já que isto aqui deve ter uma rotatividade absurda, na front page da blogger.com. Isso significa que algum estranho pode querer ler esta porcaria! Que lindo! Será que um dia alguém vai me escrever?




Ariane Santiago

domingo, 1 de maio de 2011

Intimação

Intimação: Substantivo feminino. Citação, notificação. Ordem de juíz ou autoridade competente.
(nem juíza, nem autoridade, nem competente. Mas intimei e ponto.)


"Queria viver um amor real. Não precisava ser eterno, nem mesmo de décadas. Precisava apenas ser amor. E que fosse sentido pela parte de lá e pela parte de cá. Somente isso. Não precisava ser a primeIntimaçãira vista, tampouco ter uma musica romântica de fundo. Não seria necessária luz lunar nem fogueira. Nada de contos de fada nem músicas melodramáticas. Todos sabem que essas coisas não passam de contos ou músicas. O que eu queria era algo real e intenso. Nada como nos filmes. Poderia ser como inventei em imaginações próprias, algumas situações apaixonantes e nada difícil de tornar real. Se fosse pra ser conto de fadas, então você contaria parte por parte. Se fosse pra ser música, que fosse minha. Se fosse pra ser filme, seria um longa metragem, baseado em fatos reais. Somente. 

Como eu queria viver um amor.
Queria, do verbo ‘não estou vivendo’."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Essencial

Falo para ti, agora.
Falo para você que vive.

Respira.
Respira.

Vê?
Sim, ESSA é a vida.

Mas, como a Clarice Lispector diz:
“Esta é a vida vista pela vida.”

E às vezes, no meio da vida, a gente não sabe ver a vida direito.

A gente não sabe ler os livros certos, a gente não sabe amar as pessoas corretas (sim, isso existe!), a gente não sabe escutar o que precisa ser escutado.

Então, eu falo para ti, que vive.

Esta vida tão intensa, tão louca, tão caótica, tão capaz de nos desorganizar por dentro.

Esta vida que simplesmente nos ocupa: e nos faz esquecer do essencial.
(Aquilo que é “invisível aos olhos” – segundo o principezinho).

E dá trabalho: esquecer do essencial dá trabalho.
Cuidar do essencial também dá.

Mas se empenhe pois o essencial, é como a própria palavra diz: é essencial.




Ariane Santiago

domingo, 27 de março de 2011

Encontro

A vontade que eu tinha era de lamber aquelas pernas. Deixá-la toda molhada enquanto beijava seus lindos seios espraiada no meio de suas pernas.

Não são todas as mulheres que despertam esses insanos desejos. Mas as que despertam o fazem de tal forma que o impulso é quase impossível de controlar. Eu diria que é um impulso enlouquecedor. Algo animalesco. Qualquer coisa entre instinto e selvageria, possivelmente permeados por algo que nos torna ingenuamente humanos.

Foi o que aconteceu quando a vi. E quando, acidentalmente, me sentei ao seu lado. Teria sido um movimento acidental ou completamente premeditado? Fechei os olhos e só conseguia me ver como atriz de uma peça entre o erótico e a chanchada, entre o prazer e o ônus de se estar no meio daquelas pernas. E lá me fui, em busca do objetivo primordial daquela ação tão casual.

Seu olhar enquanto conversávamos era, no mínimo, curioso. Talvez ela ainda não tivesse percebido minhas intenções. Mas, de alguma forma, eu sentia que era isso que ela queria. De outra forma, como disfarçar meu olhar tão penetrante e intrusivo?



Não eu não conseguia disfarçar, porém percebi que era uma menina diferente, tão linda, eu passaria horas só olhando, então percebi que meu instinto me levaria ao erro, finalmente cheguei a conclusão de que tudo que é feito por impulso acaba saindo ruim, talvez fosse melhor esperar por outro encontro. 




Ariane Santiago

segunda-feira, 21 de março de 2011

Medo

Esse negócio que chamamos de Medo.

A questão é que vamos nos suprimindo.
Vamos aprendendo a calar a nossa voz.
Não apenas a voz que produz som externo, mas também a voz que vibra para dentro: que nos fala de nós mesmos, de quem somos e do que sentimos.

Essa voz interna, entenda, ela é crua: crua como o mais cru pode ser.

E, por isso mesmo, ela é brutal em suas revelações.

Tão brutal, tão completamente sem pudores ou cerimônias, que muitas vezes nos choca com suas verdades tão cruas.

Por isso, por medo de tanta verdade, vamos fazendo de conta que não escutamos essa voz de dentro.

Olhamos para o lado, mudamos de assunto, choramos sozinhas na calada da noite.

Ou simplesmente vamos vivendo uma vida que não é nossa – não porque somos covardes (como se pode chamar de covarde alguém que sofre e luta diariamente por não poder ser quem se é?), mas porque o medo é às vezes tão grande, tão maior que nós mesmas, que consegue sim nos calar.

Mas o medo, mesmo tão grande, mesmo tão assustador, esse próprio medo que te assombra é, perceba, a estrada para tudo o mais que existe além dele.


Ariane Santiago